ILHA DIANA

Santos - SP

O projeto Ilha Limpa foi criado para diminuir os resíduos da Ilha Diana encaminhados ao aterro sanitário Sítio das Neves, implementando coleta seletiva e compostagem doméstica na comunidade.

O Projeto Ilha Limpa

O projeto Ilha Limpa é uma iniciativa da Prefeitura de Santos, realizado pela Compass, e idealizado e executado pela Morada da Floresta. O projeto entregou composteiras domésticas, acessórios de compostagem, jardineiras, adubo e mudas para 27 famílias que participaram do projeto. O projeto também realizou oficinas de compostagem, reciclagem e plantio e ofereceu assistência técnica para os participantes do projeto.
 
Para que os recicláveis e rejeitos sejam separados, o projeto instalou lixeiras de 50L seletivas entre Recicláveis e Rejeitos em pontos estratégicos na vila e contentores seletivos na praça principal. . Para diminuir o uso de descartáveis, o projeto entregou copos reutilizáveis para a comunidade usar em festas, eventos e atividades coletivas, e também para escola e estabelecimentos comerciais, como bares e restaurantes.

Depoimentos

Orientações para a Reciclagem

A Ilha Diana

A comunidade da Ilha Diana surgiu com o assentamento de famílias de pescadores na década de 1940 após a construção da Base Aérea de Santos onde a comunidade residia anteriormente. Ela se localiza na área continental de Santos, há 30 minutos de barco do centro, na confluência do Rio Diana com o Estuário de Santos. A comunidade é formada por pouco mais de 200 habitantes e cerca de 50 casas. O acesso à Ilha Diana é feito exclusivamente por via aquática.

O Projeto Ilha Limpa

1.

Reduzir em pelo menos 3x o volume de resíduos da Ilha Diana destinado ao aterro

2.

Fomentar a reciclagem e compostagem dos resíduos produzidos na Ilha Diana

3.

Produzir adubo e estimular o plantio de alimentos na própria comunidade

4.

Melhorar a gestão dos resíduos instalando lixeiras e contentores apropriados

5.

Diminuir a incidência de ratos e vetores na comunidade

6.

Inspirar a implementação de projetos similares em outras comunidades da região

COMPOSTAGEM DOMÉSTICA
COM MINHOCAS

Composteira Humi

Composteiras domésticas com minhocas, (ou minhocários domésticos, ou vermicomposteiras) são sistemas de reciclagem dos resíduos orgânicos em recipientes modulares onde minhocas e microorganismos transformam restos de alimentos em adubos de excelente qualidade. São sistemas práticos, compactos, higiênicos e de fácil manuseio, que não produzem cheiro nem atraem insetos nem animais indesejados.

A princípio, nenhuma. Trata-se do mesmo equipamento. Na verdade, o nome técnico é vermicomposteira (vermicompostagem = compostagem com minhocas), mas por ser um nome estranho e diferente, o sistema de compostagem com minhocas ficou conhecido no Brasil com o nome de composteira doméstica. Ela é uma composteira porque composta os resíduos orgânicos e também é um minhocário porque nesse sistema, as minhocas são os principais agentes da compostagem. 

A composteira entregue pelo projeto será a Composteira Humi, a melhor que existe no mercado! Confeccionada em material 100% reciclado, a Humi possui pés para elevar a torneira do piso, pode ficar na chuva, possui parede lisas que facilitam a limpeza, torneira abaixo do nível e inclinação na coletora para direcionar o adubo líquido para a torneira, e outros diferenciais. Clique aqui para conhecer os detalhes da composteira Humi.

A composteira Humi é composta por:

2 caixas digestoras (onde ocorrem a compostagem dos resíduos orgânicos)

1 base coletora com pés (para coletar e armazenar o composto líquido)

1 tampa

1 anel de apoio (para apoiar a digestora de cima)

1 Torneira

Adesivos

Manual impresso

Cartão informativo com o que pode ser colocado

 

Além da composteira Humi, o projeto Ilha Limpa também entregará para os moradores:

1 pacote de minhocas

1 kit serragem plus

1 sacola extra de serragem

1 baldinho de pia

A composteiras Humi entregue pelo projeto possui 2 caixas digestoras, onde os resíduos orgânicos são colocados e onde acontece a compostagem. As digestoras são furadas no fundo para possibilitar a migração das minhocas de uma caixa para outra e para o excesso líquido escorrer para a coletora. Elas também possuem vários furos nas laterais para garantir a oxigenação na caixa, quando ela estiver embaixo do sistema. A base coletora armazena o adubo líquido que escorre das digestoras e possui uma torneira para facilitar a retirada do mesmo.

 

As minhocas devem ser colocadas na caixa de cima, mesma caixa onde os resíduos orgânicos devem ser colocados. Quando a caixa de cima for completamente preenchida, ela deve ser trocada de posição com a digestora situada abaixo. Na primeira troca de caixas, a que estava embaixo sobe vazia. A partir da segunda troca, o conteúdo da caixa de baixo foi transformado em adubo e logo após a troca ele deve ser retirado para abrir espaço para a inserção dos novos resíduos orgânicos.

Os resíduos orgânicos devem ser colocados na caixa digestora que está em cima (onde as minhocas devem ser colocadas). Após serem colocados, eles devem ser cobertos completamente com matéria vegetal seca, como se os estivesse enterrando. Esse procedimento garante a oxigenação interna, evita mau cheiro e a atração e infestação de mosquitos. A matéria seca mais eficiente é a serragem grossa ou triturado de galhos e gravetos. Para aproveitar melhor o espaço e otimizar a matéria seca, acomode os resíduos orgânicos sem espalhar pela caixa. Você pode abrir um buraco para acomodar os resíduos orgânicos que serão colocados. Para reforçar… sempre cubra os resíduos orgânicos completamente com a matéria seca para evitar a incidência de larvas e mosquitos!

Os resíduos orgânicos devem ser cobertos com matérias secas (folhas, palhas, serragem ou papelão picado como última opção). Sempre cubra os resíduos orgânicos completamente, esse procedimento evitará a incidência de larvas e mosquitos.

 

Recomendamos iniciar com a  serragem, pois ela é o material mais adequado para essa finalidade. Mesmo que tenha outro material, sugerimos usá-lo apenas após pegar a prática com a serragem. O melhor tipo de serragem para este fim são as serragens grossas, provenientes de madeira bruta (madeireiras). Atenção para não pegar serragem de madeiras tratadas (verniz, tinta, etc), nem de compensados, aglomerados fórmicas, devido às colas e químicos presentes nesse tipo de material. Para as folhas secas, sugerimos quebrá-las em pedaços pequenos (2 cm), ou triturá-las antes de colocá-las na composteira. Também deve-se observar se não há pragas, como larvas e pequenos insetos, que podem infestar o sistema. Se puder colocar as folhas no forno por alguns minutos, além de secá-las, eliminará também possíveis infestações no minhocário. Para facilitar o manuseio, sugerimos que se tenha sempre um pouco de matéria seca em estoque perto da composteira.

O que pode ser colocado à vontade:

– Frutas, legumes, verduras, grãos e sementes

– Saquinhos de chá, erva de chimarrão, borra de café e de cevada (com filtro)

– Sobras de alimentos cozidos ou estragados (sem exageros) e cascas de ovos

– Palhas, folhas secas, serragem, gravetos, palitos de fósforo e dentais, podas de jardim

 

O que pode ser colocado com moderação (menos de 20%):

– Frutas cítricas (laranja, mexerica, abacaxi, etc)

– Alimentos cozidos

– Papel toalha, guardanapos de papel, papel de pão, papel jornal

– Óleos e gorduras

– Flores e ervas medicinais ou aromáticas (sem terem passado pela água fervente para fazer chá)

– Temperos fortes (alho, cebola, pimenta, etc)

– Laticínios

– Líquidos (iogurte, leite, caldos de sopas e feijão, etc)

– Limão

– Carnes de qualquer espécie

– Fezes de animais carnívoros

– Papel higiênico usado

A composteira com 2 caixas digestoras é dimensionada para compostar uma caixa de resíduos orgânicos por mês. Desta forma, se suas caixas encherem em menos de 1 mês, recomendamos você colocar o adubo retirado da composteira em um saco de ráfia, para que o processo de compostagem seja finalizado, antes de usar o adubo no plantio. 

 

Se você demorar mais de 1 mês para encher uma caixa digestora, melhor; mais tempo as minhocas terão para transformar seus resíduos em húmus. Para as minhocas digerirem os resíduos orgânicos em menos tempo, pique-os ou triture-os antes de colocá-los nas caixas. Havendo alimentos nas caixas, as minhocas conseguem sobreviver até 3 meses sem a inserção de novos alimentos.

As caixas devem ser trocadas no momento em que a caixa de cima estiver completamente cheia.  Quando a primeira caixa encher, coloque-a no meio do sistema, e suba a caixa que estava no meio para receber os próximos resíduos orgânicos. Esta caixa também deve ser preenchida em pelo menos 1 mês.



O húmus de minhoca é um adubo natural de excelente qualidade. Ele é o esterco das minhocas, produto da digestão das minhocas que nesse caso se alimentam dos resíduos orgânicos colocados na composteira. Além de acelerar o processo da compostagem, as minhocas beneficiam o composto transformando os alimentos em húmus.



A primeira colheita de húmus acontecerá depois de pelo menos 2 meses após a aquisição do minhocário. As próximas retiradas acontecerão mensalmente, no momento da troca das Caixas Digestoras.

Para a coleta do húmus, que normalmente acontece uma vez por mês, sugerimos 2 procedimentos. Faça o que você achar mais adequado, simples e adaptável à sua rotina:

 

1- Após a troca das caixas digestoras

Puxe o composto da caixa que acabou de subir (com húmus) para um dos lados, mantendo uma camada de húmus de aproximadamente 7 cm no fundo da caixa. Ao fazer isso, você abrirá um espaço de aproximadamente 1/3 a 1/2 da caixa. Durante os próximos dias, coloque os resíduos novos nesse lado vazio que você acabou de abrir. SEMPRE CUBRA OS RESÍDUOS ORGÂNICOS COMPLETA-MENTE com matérias secas (folhas, palhas, serragem, papel, papelão picado ou jornal como última opção).

 

Provavelmente você levará alguns dias para ocupar esse espaço, tempo suficiente para a maioria das minhocas migrar do húmus para os alimentos mais frescos presentes na mesma caixa e/ou na caixa digestora que está abaixo desta. Ao preencher o espaço vazio da caixa com os alimentos novos será o momento de coletar o húmus, que estará mais seco e com menos minhocas que no dia em que as caixas foram trocadas de posição.

 

2- Após a troca das caixas digestoras, coloque a caixa que acabou de subir (com húmus) aberta no sol

Devido à claridade, as minhocas mergulharão para o fundo e com isso, pode-se retirar aos poucos a camada de cima. Raspe a camada superior do húmus com uma pazinha de lixo (ou qualquer outra ferramenta ou instrumento que você achar mais adequado) até o ponto em que a concentração de minhocas será alta. Nesse momento pare de mexer para não machucar as minhocas, e deixe a caixa novamente no sol para as minhocas mergulharem mais um pouco.

 

Enquanto isso, coloque esse húmus que você acabou de raspar em uma das extremidades da tampa da caixa virada (com o adesivo para baixo). Puxe de pouquinho em pouquinho o húmus para a outra extremidade da tampa. Separe as minhocas que você encontrar durante esse processo em um recipiente qualquer. Repita esse procedimento até restar uma camada de aproximadamente 7 cm no fundo da caixa. Se essa camada estiver muito compactada, sugerimos revirar essa camada para deixá-la mais fofa, com cuidado para não machucar as minhocas.

 

Obs 1: nas primeiras retiradas de húmus, sugerimos devolver as minhocas para o sistema para acelerar a reprodução e multiplicação das mesmas. Depois de alguns meses isso não será mais necessário.

 

Obs 2: Como o composto estará úmido, caso deseje que ele fique mais agradável ao manuseio, deixe-o secar por algumas horas ao sol, ou por alguns dias na sombra antes de utilizá-lo.

 

Para saber mais, clique aqui para ver um vídeo explicativo sobre a retirada do composto.

Adubo líquido nada mais é que o excesso de líquido presente nos alimentos (rico em nutrientes e sais minerais) acrescido dos nutrientes presentes no húmus. Como no minhocário só há resíduos orgânicos, esse líquido torna-se  um excelente adubo natural, de fácil utilização e fácil absorção pelas plantas. Devido a alta concentração de nutrientes, recomendamos a diluir o composto líquido em 10 partes de água e dar um intervalo de pelo menos 1 semana para regar a mesma planta novamente.

 

Quando o líquido dos resíduos orgânicos é misturado com outros resíduos, ele se torna tóxico e poluente. Nos lixões e aterros sanitários, esse líquido é misturado com os diversos resíduos presentes no local, como fraldas descartáveis, absorventes femininos descartáveis, papel higiênico usado e outros tipos de resíduos, entre eles, químicos e tóxicos. Nessas condições, o chorume se torna extremamente danoso ao meio ambiente e difícil de ser tratado.

Normalmente, a primeira colheita do adubo líquido pela torneira da coletora acontece um após um mês de uso. Após essa primeira retirada do adubo líquido, as próximas colheitas passam a ser mensais, quinzenais ou semanais, de acordo com o fluxo e características dos alimentos colocados na composteira.

 

Para facilitar a retirada do adubo líquido, a Humi possui pés para elevar a altura da torneira. O fundo da coletora é inclinado para direcionar todo o líquido para a saída da torneira, que está abaixo no nível e consegue retirar todo o adubo líquido da coletora. 

O adubo líquido é um excelente adubo natural! Seus nutrientes são rapidamente absorvidos pelas plantas. Por ser um líquido concentrado, sugerimos que ele seja diluído na proporção de parte de adubo líquido para 10 partes de água. Ele pode ser utilizado na rega das plantas, ou borrifado nas folhas. Sugerimos regar a mesma planta com adubo líquido a um intervalo de pelo menos 1 semana.

A Humi deve ficar em local arejado, protegido do sol. O calor do sol compromete o bem estar e até mesmo a vida das minhocas. A chuva pode molhar o interior das caixas e aumentar a umidade do sistema. A umidade excessiva dificulta o processo da compostagem e pode causar odores desagradáveis e um ambiente propício para a criação de larvas de moscas e mosquitos. Desta forma, se sua composteira estiver na chuva, recomendamos abrir a torneira para retirar o líquido após cada chuva. 

Não se deve colocar água na composteira Humi. Apenas os restos dos alimentos orgânicos indicados no manual. Os alimentos possuem excesso de líquido e pelo sistema ser fechado esse líquido não se perde por evaporação. Desta forma, o controle de umidade deve ser realizado para diminuir a umidade inserindo matéria seca (como serragem, folhas, palhas ou grama) e/ou retirando periodicamente o adubo líquido da base coletora.

Além de produzirem o húmus, que é muito mais rico em nutrientes que o composto normal, as minhocas aceleram o processo da compostagem por serem excelentes agentes decompositores.

 

Por ser compacto por coletar o composto líquido (que pode ser diluído em água e utilizado como adubo), o minhocário em caixas pode ser usado em casas sem área de terra ou grama e apartamentos, diferente da compostagem termofílica, que precisa ser implementada diretamente na terra ou em uma área apropriada.

 

Nos processos convencionais de compostagem, tanto o adubo líquido (juntamente com seus nutrientes) é direcionado para o solo pelas chuvas e regas. Essa lavagem do composto diminui a concentração de nutrientes presentes no mesmo. Isso não acontece nas minhocários em caixas.

 

Outra vantagem é de ser o sistema mais apropriado para a compostagem doméstica, visto que para a compostagem sem minhocas funcionar direito, ela precisa de um volume considerável de resíduos orgânicos para ativar as bactérias da compostagem termofílica.

INICIATIVA
REALIZAÇÃO
IDEALIZAÇÃO E EXECUÇÃO